tag:blogger.com,1999:blog-35276751672311085522024-02-07T10:10:37.697-08:00voragensCauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-84968158111640012612019-11-11T16:26:00.001-08:002019-11-11T16:26:56.217-08:00<span style="background-color: white; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">11 de nov de 2015: </span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Só hoje então foi me dada a honra de ser um pássaro</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Para poder cantar as canções que me vem de Natura, </span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Sem a qual coisa alguma pode ser e nem vir a ser</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Mas como só hoje eu é que sou pássaro, e somente hoje minhas asas tem força e leveza para levantar o voo novo...</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Então apenas quando se é pássaro o céu é eterno </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br />E o que está embaixo é claramente efêmero<br />E mesmo sabendo que aqueles a quem temos grande afeição serão pó...<br />Mas lá no alto, levantaremos mesmo do pó que antes nos guardava, quando Éramos, e então seremos em verdade, eternos<br />Porque somente no céu cujos pássaros voam é que se pode existir o haver.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-82706845961569713712016-07-18T10:48:00.005-07:002016-07-18T10:49:21.130-07:00saudações Saudações [aos corações] ..... !<br />
Coração eu te saúdo!<br />
<br />
Ouve o que eu digo através de ti:<br />
<br />
Fui eu o primeiro a abrir a primeira janela<br />
Enquanto todas estavam fechadas.<br />
<br />
<br />
<br />Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-23734529353304435102014-05-28T01:14:00.000-07:002016-07-18T10:45:05.966-07:00 o sofrimento sob o ponto de vista do culpado<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Sei como é essa sensação. Quem nunca se sentiu assim pelo mal que nos fizeram? É muito difícil realmente. Nós fazemos o bem, e o que recebemos de volta é uma devolução amarga. Mas e a agonia do criminoso, que sabemos dela sob seu ponto de vista? Condenado por si mesmo. Sua pena é a culpa, que pesa e ao mesmo tempo queima. E depois a pena do banimento. Evita-se, exclui, esquece, afasta-se com medo de ser maltratado novamente por ele, perde-se a confiança.Compreendemos os defeitos dos nossos amigos, dos nossos filhos, parentes, mas com o condenado é melhor ter cuidado. Tudo isso com razão, tudo isso é pouco, afinal o crime foi terrível. </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">O crime sofrido pela vítima traz consequências funestas pra ela. Mas as consequências para o criminoso são também terríveis. Esse criminoso que se arrepende rapidamente, que quer ser ouvido. Que aguarda a liberdade do perdão real, mais do que ouvir que foi desculpado. Do afeto, do abraço, do sorriso, de ser tratado como aqueles que não fizeram mal nenhum. Isso é um sonho pra ele, porque é muito difícil que aconteça. É o único consolo. Então ele pensa e indaga quanto é o tempo da pena, quanto precisa expiar pra pagar a divida. </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Estamos na maioria dos casos, dos dois lados: da vítima e do algoz. A vítima sofre muito, tem medo, não suporta a injustiça cometida e tudo isso com razão. </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">O algoz não tem razão. Não tem nada. Tem o erro, a culpa justificada, o crime cometido sem volta e por fim, se estiver arrependido, a esperança do perdão, além da palavra. O voltar a ser como era antes. Mas ele sabe que não será como antes, jamais! Sabe que a confiança está perdida, que o seu valor diminuiu aos olhos do outro, que sua boa imagem criada, foi quebrada pra sempre! O que resta pra ele? A agonia. Está só, assim como a vítima pode estar. Mas ele não tem nada, a não ser a culpa pra carregar e o vazio, a ausência do abraço sonhado. Não tem ninguém! </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Pode ser que aquele que sofreu do criminoso, não tenha raiva dele, já o tenha desculpado, mas mesmo assim ainda está triste com ele. E se seu crime é pequeno, maior sua agonia se não é perdoado. Mas é crime, não importa. Erro é erro.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">O que se quer? A extinção da dor, tanto da vítima quanto do algoz. A justiça é cara para a vítima e o perdão caro pra o criminoso</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Espera o criminoso que aqueles poucos que ele crê amá-lo o perdoem logo. Espera que venham falar com ele, porque é humilhante insistir esse perdão. Ai daquele que tendo cometido um crime, sendo condenado, </span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">por pior que seja o crime,</span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"> não tenha ninguém para abraçá-lo no cadafalso ou na prisão. Porque aí se está só, e estar só por ter cometido um crime é o próprio inferno! Por isso o amor materno é sagrado nos céus e nas prisões.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Ouvir tudo isso faz pensar que o criminoso é que é a vítima, que tem direitos que não tem. Quer-se culpar a vítima de um crime que ela mesmo sofreu. É um absurdo. O crime foi feito. Não há desculpas. Foi terrível, assustador, inesperado, triste, estúpido e desnecessário.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Não somos de ferro pra suportar tudo isso. Nos esforçamos pra fazer o bem e recebemos a ingratidão. Não devemos estar com alguém que não nos ama, que nos faz mal. Devemos nos afastar. Evitá-los. </span>Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-79356980787347993722014-03-14T06:39:00.002-07:002016-07-18T10:45:56.236-07:00augúrio<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">14 de março de 2014. Manhã chuvosa e fria, em que tudo estava escuro, mesmo com a presença pouca do sol. Acordara sombrio. Sentia necessidade de mais luz, no entanto, todas as coisas mostravam apenas seu lado escuro. Tudo dormia. De repente, na janela que gotejavam grossos pingos do céu que caiam, sobre a imperiosa força da chuva, como se não fosse permitido nada subir; de repente, no espaço de um segundo, um beija-flor azul marinho subiu, do lado de fora da janela. Olhei pra cima. Já tinha ido embora. Era um bom augúrio. </span>Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-45959820823122230352013-07-26T13:21:00.000-07:002016-07-18T10:46:09.497-07:00<span style="color: white; font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">26/07/2013</span><br />
<span style="color: white; font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Tudo é pó:</span><br />
<span style="color: white; font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"> Hoje fui comprar uma sandália. A que eu tinha havia rasgado. No supermercado encontrei uma de couro, bonita, eu gosto, coloquei no pé, ficou elegante. Senti um entusiasmo, me enchi de deuses, e como diz o senso comum: me senti feliz. Mas não é felicidade de fato, sei que uma sandália não pode nos fazer felizes, porque passará, como tudo que não é essencial. Esta sandália representa todas as coisas externas e todas as coisas efêmeras que nos fazem sentir essa falsa felicidade, que nos inebria, que nos cega diariamente. </span><br />
<span style="color: white; font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"> Num só pensamento procurei em todas essas coisas uma que resistisse ao tempo e todas viraram pó. Logo eu estaria infeliz de novo. Mas assim como sei que essas coisas não trazem felicidade real, sei que é possível que existam as que trazem a felicidade real; e elas são exatamente as coisas contrárias àquelas. E todo o principio da felicidade real se resume nisso: ela não está no corpo, ela está toda na alma! Cegamente, sim cegamente, porque achamos que vemos, mas não vemos a essência, vemos só as aparências, acreditamos ver as coisas como elas são! A todo tempo! Nesse caso o verdadeiro cego vê melhor que a maioria dos que enxergam </span><br />
<span style="color: white; font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"> A felicidade está toda na busca, no fortalecimento das coisas essenciais, na alma; pois quanto menos precisamos de sandálias pra estarmos felizes mais próximos estamos da felicidade real. Portanto, procuremos a todo o instante a essência das coisas, procuremos saber o quanto elas duram, se são efêmeras, procuremos ver além das aparências, algo tão difícil pra nós, acostumados desde cedo a nos alimentar do pão que seguramos com as mãos, e a salivar com o seu cheiro, procuremos nos desvencilhar o mais cedo desse costume, e assim desvencilharmos das aparências efêmeras, e finalmente encontrarmos o essencial das coisas que são eternas, e assim, seremos realmente felizes.</span>Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-24992252133698435082013-05-17T07:55:00.001-07:002016-07-18T10:46:21.119-07:00Em 17 de maio de 2013, o tempo anunciava: há uma batalha no céu. Uma luta entre as nuvens e o sol. Ao sul, monumentais paredes de nuvens pesadas desabavam sobre a terra, impedindo que o menor raio de luz as transpassasse. Ao norte, o sol ainda forte, queimava a terra, solitário, enquanto as infinitas massas de gás que vinham do sul, se aproximavam para fechar o firmamento com uma lentidão trágica, porque o sol estava sozinho, mas não desesperava. E como se fosse um deus, resistia hirto, aquecia e iluminava. Era a metáfora da abnegação.Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-42742774520873933662013-04-22T08:08:00.001-07:002016-07-18T10:46:33.779-07:00fenixQue solidão!<br />
Apenas eu.<br />
Mas eu irei me erguer novamente,<br />
Para depois cair de novo.<br />
Irei começar de novo,<br />
Não sei ainda como.<br />
Mas irei começar de novo,<br />
mais uma vez.<br />
Que solidão!<br />
Mas eu tenho música,<br />
E ela me abraça a alma inteira.<br />
<br />Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-37369623939305516122012-12-24T14:31:00.003-08:002016-07-18T10:50:05.933-07:00solitário<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">tarde de concreto </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">o inevitável sorriu</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">no firmamento</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Abriu-se um fogo </span><br />
<br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">amor escarlate</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Quebrando as paredes </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Mergulhando nos vidros</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Inflamas todos os corações</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Tua razão é uma estrela </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">corpos giram ao teu redor</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">te guardaram numa esfera de plasma</span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Teu coração vermelho</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Se estende no branco</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Teu coração vermelho</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Queima o azul</span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">És mais que a estrela</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">És mais que uma estrela</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Que a estrela das estrelas!</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Senhor de fogo</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Conheço a tua solidão </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">que arde enquanto amas.</span><br />
<br />Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-69227394002449984212012-12-12T06:25:00.001-08:002016-07-18T10:44:20.658-07:00Os valores exaltados no Brasil de hoje<div style="text-align: left;">
<br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="font-size: 14px;">Em 2012, Rafael Nunes da Silva, morador de rua, perdeu o anonimato após ter sua foto publicada no Facebook - ganhando o epiteto de "mendigo gato", por ser considerado bonito, ter olhos azuis, etc. A vida deste rapaz agora é acompanhada pela mídia e pelo público, que parecem muito preocupados com seu bem estar, por ser usuário de crack e estar marginalizado. Para constatar, basta pesquisar seu epiteto num site de busca ou em qualquer destes portais eletrônicos populares. </span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="font-size: 14px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="font-size: 14px;">Mas por que não vemos esse zelo diário com todos os outros marginalizados do Brasil, ou pelo menos alguns deles? Será que não há mais miseráveis no Brasil, será que eles não existem? Se existissem, sendo o morador de rua um anonimo que fosse "feio", receberia o mesmo cuidado? E se fosse negro, receberia o mesmo cuidado? Mas supondo que fosse negro e ainda "bonito", mesmo assim, seria tão famoso, receberia o mesmo cuidado? </span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="font-size: 14px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="font-size: 14px;">Havendo racismo ou não no fato, um acontecimento não pode ser contestado, os valores exaltados no Brasil, tem efeitos perversos. Dentre os marginalizados, somente aqueles que são “bonitos” é que existem, pela ótica da mídia que exalta e a sociedade que aplaude, muitas vezes sem perceber. E o que significa ser “bonito” no Brasil atualmente? O que significa existir no Brasil hoje, para esta sociedade?</span></span></div>
Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-31449074137650089842012-12-10T02:59:00.003-08:002016-07-18T10:50:22.239-07:00primeira estrela<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Mar de estrelas!</span><br />
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">E as Glórias da manhã!</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Primeira estrela</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Tragas teu afã misterioso</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Syrius! só tu entendes,</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Na tua solidão celeste</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Do alto desta torre</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><b>A minha solidão</b></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Tu que brilhas sozinha</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Do alto do firmamento</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Entre flares e ventos</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Não podes estar sozinha</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Pois que do teu peito emana luz!</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">...</span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-33077833264463950602012-12-06T03:08:00.004-08:002016-07-18T10:51:04.428-07:00Precisamos de um homem que cante<br />
A canção que o deus pede<br />
<br />
<br />Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-88777251132920870062012-12-05T11:18:00.000-08:002012-12-12T09:34:53.249-08:00Triunfo (esboço)<br />
Um dia ele virá<br />
E passará triunfante.<br />
<br />
Não haverá força que o impeça<br />
Nem as vertebras dos homens<br />
Nem a coluna dos muros errantes<br />
<br />
Seu anuncio foi predito<br />
<br />
Um dia ele virá<br />
<br />
E passará triunfante.<br />
<div>
<br /></div>
<br />
Seu preludio é silencioso<br />
Diz o coração.<br />
<br />
Não há razão que suporta<br />
O coração que arrebenta<br />
<br />
E em cada noite que Deus sonha<br />
Nasce um tigre<br />
<br />
E se sobre seu dorso<br />
senta uma criança<br />
<br />
Quem poderia detê-lo?<br />
<br />
Um dia ele virá<br />
E passará triunfante.<br />
<br />
Um dia ele virá<br />
Virá o amor.<br />
<div>
<br /></div>
Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-88593228262209100402012-11-14T06:34:00.002-08:002016-07-18T10:55:05.523-07:00A Pira do Ipiranga<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Na Pira do Ipiranga</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">O Fogo da Cidade ardia</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Ardia na pedra da pira</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">e refletia:</span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="line-height: 18px;">Sobre o céu cinzento</span></span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">A nuvens caminham espessas</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Os transeuntes aos milhares.</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Alguns passeiam,</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Outros correm desesperados</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Da<i> escravidão do dever.</i></span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Fora aqueles, estes</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">permanecem quase mortos,</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Da inanição do abandono.</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Enquanto o Fogo arde na Pira de Pedra</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Enquanto a imensa cidade se contaminava de pedra.</span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="line-height: 18px;">Subiam sob os ramos da Razão contaminada</span></span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Um material duro e seco</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Amparado em vigas</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Erguiam as paredes da cidadela morta</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">E a peste que nascia</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Dos muros enormes</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Penetrava os corações menores</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Petrificados pela solidão,</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Guarneciam a vida</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">[Em inacabáveis quadrículos</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">De formato indefensável],</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Do ar.</span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="line-height: 18px;">Sob a batalha que seguia</span></span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Na ordem do dia</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Segundo se via na memória</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Gravada na Pira</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">E os olhos de Deus fitando</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Os pobres transeuntes, de cima</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">Lançavam uma onda de luz e calor</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">E como era de sempre se esperar</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">O céu chorava</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">A chuva caia.</span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="line-height: 18px;">E o Fogo da Pira que Ardia apagava suave</span></span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">E agora todos voltam pra casa,</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: white; line-height: 18px;">O Sol, os homens, o dia.</span></span>Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-77366069718772964202012-10-29T07:25:00.000-07:002016-07-18T10:55:44.724-07:00outubro<span style="color: white; font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">do coração do céu de outubro</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">o calor abraça a terra</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">as nuvens cantam juntas</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">e o sol diz: voltei!</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">e, quando faz calor no coração de outubro</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">o céu abraça o mar</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">os peixes sonham que o mar é o céu</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">e o sol diz : voltei</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">e o sol diz: voltei</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">voltei!</span><br />
<div>
<br /></div>
Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-23105225316834866002012-10-05T09:17:00.002-07:002012-10-05T09:17:21.056-07:00<br />
<br />
"O ceticismo excessivo é o correspondente intelectual ao fanatismo religioso."<br />
<br />
Paiva Netto<br />
Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-44352875938608155142012-09-11T15:41:00.001-07:002016-07-18T10:57:09.914-07:00aniversário<span style="color: white; font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="line-height: 18px;">Parabéns! Se teu brilho cândido, a cada ano, continuar a expandir, te fará culminar em si, uma estrela.</span></span>Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-40638099797347431192012-08-24T07:03:00.003-07:002012-09-06T05:19:33.735-07:00pré-poema qualquer<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Era uma vez uma tarde qualquer, </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Como um começo de pobre poesia moderna qualquer.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Iam as mesmas pesadas e cinzentas nuvens, </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Como sempre nos dias chuvosos de uma tarde qualquer.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Fugiam as infinitas nimbus de tristeza como Satanás expulso do paraíso.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Mas eu que não trazia nada n'alma</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Procurei nos meus bolsos das calças um papel</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E o sol que antes na minh'alma fervia </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Dava adeus e me abandonava.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Subitamente,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">um risco negro cortou o céu em forma de candelabro </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Eram toutinegras andorinhas furiosas</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Voando numa ordem cujos olhos meus não acompanhavam.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">De tão bela dança entrevi um balé singelo:</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Primeiro vinham,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Depois voltavam,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E por fim subiam juntas </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Em direção ao sol que morria.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Cantavam uma canção de tão longe, </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Que meus ouvidos duvidavam o que meu pobre coração ouvia,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Os pequenos gritos negros de alegria flagelavam o ar </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E por isso as nuvens fugiam.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E tudo isso eu via através do vidro de um ônibus esfumaçado qualquer,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Via eu mesmo, </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">O que andava sozinho na calçada,</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Aquele que pegava o papel e olhava pro céu, de alma vazia...</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-8924138579453942942012-07-27T05:40:00.004-07:002012-11-20T06:59:44.125-08:00O toque das ave-marias<br />
Talvez às 6:00 horas, às 12,<br />
ou quem sabe às 18 horas de hoje<br />
Os homens se reúnam em comunhão<br />
Como é santo nos dias de domingo<br />
Como é inocente os homens-meninos<br />
no dia de Cosme e Damião<br />
<br />
Um dia ouvi dizer que os céus murmuraram anjos<br />
e que na terra os operários é que murmurarão<br />
na ultima colheita<br />
a ultima canção<br />
<br />
Não em latim :<br />
<br />
Pater noster, qui es in caelis<br />
Fiat voluntas tua<br />
Ave, María, grátia plena,<br />
Sancta María, Mater Dei,<br />
Amen!<br />
<br />
<br />
Nem hebraico, nem um hino de pendão<br />
Mas num amalgama encantado<br />
do mesmo pano que reveste os sonhos [das tempestades de Shakespeare]<br />
do mesmo tecido que tece os vitrais das manhãs [das catedrais]<br />
<br />
Cantarão nesse dia quem sabe um canção sem nome ainda<br />
Uma oração sem esperança<br />
Um ângelus sem luz<br />
<br />
Eu que via com meus olhos<br />
Já cedinho enquanto acompanhava o séquito<br />
Que dos mesmos martelos que se preparavam para forjar estrelas:<br />
Nasciam homens<br />
<br />
E no momento da Anunciação<br />
Vinham eles<br />
Tão jovens e inocentes<br />
como as crianças<br />
pobres anjos barrocos<br />
<br />
Então às 18 horas, triste e lentamente uma voz dizia:<br />
<br />
"Quando as falanges dos teus dedos se redobrarem<br />
Logo as aves, brancas ou não, dos céus descerão"<br />
<br />
Então aqueles mesmos homens, mulheres e meninos vestidos de anjos<br />
Todos calados, reunidos num circulo concêntrico em forma de falange<br />
<br />
Nas mesmas 6:00 horas em que o sol ferve<br />
Nas 12 horas em que o velho sino range<br />
Nas mesmas 18 horas em que marias cantam as Ave Marias<br />
<span style="background-color: black;">Cantarão a canção:</span><br />
<br />
Senhor!<br />
Meu Deus!<br />
Meu Deus<br />
Maria! maria, marias<br />
<br />Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-25151693949741272222012-05-31T12:42:00.002-07:002012-08-08T06:14:27.346-07:00Filipéia<br />
Ai de ti Filipéia!<br />
em cada uma de tuas mil humildes catedrais<br />
onde os anjos não planam mais,<br />
e os sinos enferrujaram de tristeza<br />
desafinando o som de tua beleza<br />
em cada uma destas mil cidades que fundaram teu coração de pedra<br />
<br />
Ai de ti Filipéia!<br />
Pois hoje<br />
Haverá entre teus mais de dois milhões de homens:<br />
um milhão estão a margem<br />
os outros dormem<br />
e destes homens resta algum?<br />
<br />
Levanta de teu sono profundo<br />
Emerge da tua secular couraça poeirenta<br />
Ouve teus cantores cantadores<br />
Eles repetem.<br />
<br />
<span style="background-color: black;">Hoje tuas arvores inexoráveis </span><br />
Como colossais paredes de granito esverdeadas<br />
Permanecem cravadas no teu pobre peito rachado<br />
<br />
Dividido em mil partes de mil cismas empáfias<br />
Do alto do teu céu negro azul escuro<br />
Elas te fitam feito guardiãs<br />
<br />
E cantam o canto uníssono de uma enorme muralha furiosa<br />
Num coro reluzente de cor verde que teu negro coração de pedra nunca ouviu.<br />
<br />
<br />
<br />Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-35624629059713553702012-03-22T06:05:00.004-07:002012-08-08T05:31:25.753-07:00Sobre Cuba, Marx , e a esquerda<span style="font-size: small;"> * O texto abaixo é uma resposta a este<span style="color: black;"> <a href="http://wwwwpoemasesquecidos.blogspot.com.br/2011/11/um-pequeno-comentario-sobre-o-regime.html">artigo</a></span></span><br />
<br />
<br />
Se o socialismo somente já é um tema controverso, Cuba o torna mais controverso ainda, aliás nada simples seria sua analise. O proprio Marx numa entrevista disse ser impossivel uma revolução sem derramamento de sangue, o que nunca houve, e o que não justifica a crueldade. O socialismo de Marx jamais foi executado na sua forma ortodoxa. Se queremos ser justos, temos que falar em socialismos, ou talvez só exista na teoria, ainda. Ao meu ver foram tentativas, algumas delas cheia de paixão pela justiça à classe trabalhadora, outras apenas na aparencia. Atribuir a Cuba o sinonimo de uma Alemanha nacional-socialista é um absurdo erro de visão histórica, porquanto que se tratam de acontecimentos bastante diferenciados em suas essencias, ainda que sejam politicos. O que Cuba vai ser depois de Fidel Castro, é tão importante quanto dizer o que a esquerda será. A crise da esquerda é uma fase ou estará pra sempre ela esquecida, surgindo numa intermitência nas eras despoticas, como desespero dos povos? Porque a historia da esquerda não é uma invenção da História, é uma invenção de homens esmagados.Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-13496049988087228122012-03-15T07:35:00.004-07:002012-07-27T06:10:25.870-07:00caminhos cruzadosse ontem eu te visse<br />
como hoje eu te avistasse<br />
te dirias o que agora serias<br />
<br />
passando por mim<br />
ainda não te via<br />
caminhos cruzados<br />
<br />
no onibus, atados<br />
segurando os ferros frios<br />
de onde tu vinhas<br />
<br />
<br />
o pisar dos meus passos<br />
lembrava teus passos<br />
que eu nunca sonhara<br />
que eu não previa<br />
<br />
levantam-se os braços<br />
<br />
sobre a inercia da vida<br />
<br />
freavam-se os sonhos<br />
tolhiam-se as rosasCauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-88972240861882485792012-02-09T16:40:00.001-08:002012-07-27T06:10:45.380-07:00Poema para uma atriz<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 177.0pt;">
<b><i><br />
</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Uma vez que viestes ao mundo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Trouxestes contigo uma<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Imensidão de importância <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Celeste.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Se imitas a vida, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Não é somente a vida <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Que imitas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">É essa cadencia infinita<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Sob a aparência cansativa horas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Ponteiros cinzentos escondendo <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A camada da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Mas teu papel,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">É bem aquele do artista<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Sob o palco dos dias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Que quando olhas – lembra<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">As nuvens cheias de sonhos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Daqueles que quando falas – agitas (as almas)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Num carrossel sem eixos,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Convicto de amor,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A forma da vida<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O conteúdo da morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Tempestades de toda sorte<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">São esses seres<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Sem luz, sem flor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A quem somente o <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">teu coração de artista-celeste<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=3527675167231108552&postID=8897224086188248579&from=pencil" name="_GoBack"></a>,<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Pode iluminar. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Lembras então aos novos atores<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 177.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Que novos dias virão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.8pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-10608585708321997722011-11-07T16:18:00.000-08:002012-07-27T06:11:17.768-07:00Música, música clássica, música erudita<i>Nunca uma partitura vai transmitir a emoção da voz humana. Formalismo não se envolve com a dimensão passional. E não me comove. Autenticidade é irracional e subjetiva. Claro que o erudito é OBVIAMENTE bom e sensível, mas no âmbito da técnica. Qualquer um pode executar uma partitura independentemente do seu status emocional, sem o revelar inclusive, ao contrário da música sem formalismo e da voz. Me interesso por essa irracionalidade subjetiva capturada na composição popular. Não idolatro a técnica, a fórmula matemática, a reprodução mecânica de uma partitura por um música.</i><br />
<br />
<br />
- Sim. A música erudita ou clássica é rigorosa quanto a técnica, nunca uma partitura ira traduzir uma emoção, a autênticidade é irracional e subjetiva. Não. A música erudita não é somente racional, nenhuma arte o é. Ora, se quem executa qualquer música ou compõe é antes um ser humano, nenhuma arte autêntica pode ser absolutamente racional. Não é e nem pode ser somente técnica, esse é um preconceito de quem não conhece musica erudita ao não ser superficialmente superficialmente o qual afasta muitos possíveis ouvintes dessa arte, tendo que considerar os hábitos e cultura de quem ouve, é claro. É sobretudo por dá grande respaldo á técnica que essa arte é tão grandiosa, pois sem a técnica não se pode evoluir uma arte, todas as artes a tem; o erro está em ver somente a técnica, o formalismo, o racional, pois não é verdade que só existe esse aspecto, a própria música erudita moderna já mostrou que esses valores são apenas uma parte dessa música. A técnica é apenas um apoio pro músico, assim como o pintor precisa ter conhecimento das cores, o arquiteto da geometria, o cineasta da câmera.<br />
A musica erudita não é maior, nem mais importante que a música popular, porque ela se alimenta desta, no entanto, tem grande importância por ser uma Arte séria, além do alegre, além do gozo efêmero somente; talvez aqui esteja a diferença da popular e erudita: no popular o gozo é tudo, começo, meio e fim, na erudita o gozo é apenas o desfecho, de todo um trabalho gigantesco de gerações de artistas, técnicas, pensamentos, influencias históricas e sociais. A nona sinfonia é um acontecimento humano, por que traz somente nela, a ruptura de toda essa construção humana, dessa forma de arte chamada Música erudita; ainda que erudita, para um nova fase dessa construção, creio progressiva, a nona é um monumento feito de som; é a clássica quem se preocupa o valor que uma obra carrega, sua temporalidade, sua influencia sobre a alma humana, na preservação de toda música quanto arte, em suma, na evolução humana.<br />
Esses aspectos são difíceis de ver, por que essa musica é uma tradição, de séculos, é necessário observá-la pelo todo, não é ouvindo uma peça qualquer que se entende o valor que o gênero carrega, diferente da popular, e ai esta a virtude, talvez, da popular, quem a ouve não precisa ter certos conhecimentos, apenas ouvir e sentir, pronto,porém não saberá dizer o que ela é, o valor que ela tem! O gozo a primeira audição é possível na erudita, mas nem sempre. Numa analogia, para interpretar um poema em inglês é preciso saber inglês, sem o inglês tudo não passa de códigos. Daí entra a questão sócio-cultural, dos hábitos, cultura, educação. Mas é preciso chegar a meta, a musica clássica, sendo arte, tem seu subjetivo, irracional, é eles não são nada pequenos, pelo contrario são aspectos gigantescos dessa arte. Não há mais o que falar desses aspectos justamente porque é arte de sons, não de palavras, é necessário ouvi-la com prazer e vontade, tudo com paixão e pensamento, sem isso não fará diferença em esquece-la. <br />
Dito isso, imaginai um tipo de música na qual toda a base é a parte mais rigorosamente racional já feita, e essa base serve para apoiar o mais alto irracional construído pelo homem. Eis a música erudita.Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-15284602342088444482011-09-04T10:56:00.001-07:002012-07-27T06:12:25.272-07:00arqui-tetura<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://www.blogger.com/goog_193419966"><br />
</a><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 106.2pt; text-indent: 35.4pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><i>Este céu que é de arquitetura maior<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=3527675167231108552&postID=1528460234208844448&from=pencil" name="OLE_LINK3"><o:p></o:p></a></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 106.2pt; text-indent: 35.4pt;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Promove esse debaixo que é menor:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 106.2pt; text-indent: 35.4pt;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Flores sobre muros<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 106.2pt; text-indent: 35.4pt;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Quem [imagina] [não sonha] esquece<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 106.2pt; text-indent: 35.4pt;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Este céu estrelado (...)</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Garamond, serif;"><o:p></o:p></span></i></div>
</div>Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3527675167231108552.post-81076141259890073082011-08-22T08:28:00.000-07:002012-07-27T06:18:53.829-07:00esboço para um drama: Jean BaudinCENA 1 - ATO1:<br />
<br />
(Entra o jovem Baudin, angustiado, enquanto sua mãe espera desesperado na sala de jantar )<br />
<br />
Meu filho! Por onde andavas?<br />
- Na rua mãe, na rua! (angustiado)<br />
O que houve contigo:<br />
- mãe....(silencia, agoniza e chora)<br />
(A mãe leva suas mãos a face do jovem , ainda inclinada pra baixo, e a levanta, fixa os olhos no dele caídos aparentemente envergonhado, frustrado) :<br />
- Filho, levanta (suavemente)...me diz quem fez isso contigo?<br />
Ele fita nos olhos dela e diz:<br />
- Foi a vida mãe, a vida que me fez isso.<br />
<br />Cauim Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/00044289946876137724noreply@blogger.com2